Faça oração para Nossa Senhora Passa na Frente e abra caminhos

Quem estuda a Bíblia já leu e meditou trechos bíblicos que falam que “A Fé Move Montanhas”. Este trecho e uma tradução livre de várias passagem bíblicas em  que Jesus fala que temos que ter fé para enfrentar nossos problemas e obstáculos sem medo da vida. 

Marcos 11:23

Em uma dessas passagens, Jesus fala: "Tende fé em Deus; Porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele” (Marcos 11:23)


Os católicos em geral são pessoas que sempre buscam fé em suas orações e pedem muita ajuda e proteção a seus santos e santas de devoção.


Aqui no Brasil os católicos têm muita fé na força de São Jorge para resolver grandes demandas, Santo Expedito para problemas quase impossíveis, Santo Antonio para casar e Nossa Senhora Aparecida para todos os tipos de problemas e promessas.

Nossa Senhora

Mas tenho notado que Nossa Senhora é uma das santas que mais trabalha a seus devotos, resolvendo problemas e atendendo vários tipos de pedidos. Quando há problemas sérios a resolver, que os caminhos estão tortuosos, que uma questão não se resolve no trabalho ou na família, muitos devotos têm solicitado à Nossa Senhora que intervenha a seu favor.

Fé em DEUS

Muitos pedem ajuda à Nossa senhora Passa na Frente para ajudá-los em casos difíceis e até impossíveis com muito sucesso no final. Quando surge um problema que não consegue resolver ou há uma pedra no caminho, a pessoa fala com fé: "Nossa Senhora passa na frente e resolve este problema ou e dê uma solução". E como a “fé move montanhas” a solução vem.



Para os devotos de Nossa Senhora ou para quem não a conhece, segue uma oração da Santa.


Oração Maria Passa na Frente


Maria passa na frente e vai abrindo estradas e caminhos, abrindo portas e portões, abrindo casas e corações.


A mãe indo na frente, os filhos estão protegidos e seguem seus passos. Ela leva todos os filhos sob sua proteção.


Maria, passa na frente e resolve aquilo que somos incapazes de resolver, Mãe, cuida de tudo que não está ao nosso alcance. Tu tens poderes para isso. Vai Mãe, vai acalmando, serenando e amansando os corações. Vai acabando com o ódio, rancores, mágoas e maldições. Vai terminando com dificuldades, tristezas e tentações. Vai tirando os teus filhos das perdições. Maria passa na frente e cuida de todos os detalhes, cuida, ajuda e proteja a todos os teus filhos. Maria, Tu és a Mãe e também a porteira. Vai abrindo o coração das pessoas e as portas nos caminhos. Maria eu te peço passa na frente e vai conduzindo, levando, ajudando e curando os filhos que precisam de ti. Ninguém pode dizer que foi decepcionado por ti, depois de ter Te chamado ou invocado. Só tu, com o poder de teu Filho pode resolver as coisas difíceis e impossíveis. 

Nossa Senhora, faço esta oração pedindo a tua proteção, rezando um Pai Nosso e Três Aves Marias.

Amém!

** Fim **

Curiosidades sobre orações e principalmente sobre a Oração Maria Passa Na Frente


Recorde de pesquisas: Oração Maria Passa na Frente


Você sabia que oração é um dos termos mais buscados no Gloogle durante a pandemia? De acordo com o Google Trends, a palavra nunca esteve tão em alta, desde 2004. A Oração Maria Passa na Frente está entre as mais pesquisadas, junto com a Oração de São Jorge.


Outros termos relacionados registraram recorde de buscas em 2020 como Deus, fé e meditação. Isso comprova que em tempos difíceis, o ser humano busca em sua fé e religião respostas espirituais. Mesmo com diversas igrejas fechadas pelo Brasil devido ao isolamento social, a procura pela espiritualidade continua em casa. E você, está em dia com as suas orações?




Qual é a importância das plantas para o homem?

Uma boa conversa científica sempre se inicia com uma pergunta norteadora, então vamos lá:

"Qual é a importância das plantas para o homem?".


Para respondermos esta questão vamos discutir alguns elementos que estão em nosso próprio cotidiano. Se observarmos a composição do nosso prato no almoço ou jantar descreveremos pelo menos duas espécies de plantas: arroz e feijão. Mas, com certeza, compondo nossa dieta básica outras espécies de plantas serão elencadas: condimentares - alho, cebola, açafrão, pimenta, cheiro verde, alecrim, noz-moscada; ricas fontes de carboidratos - trigo, mandioca, batatinha, batata doce, milho, cana-de-açúcar; folhosas - alface, rúcula, brócolis, couve; oleaginosas - soja, canola, girassol, amendoim; fonte de nutrientes variados - abóbora, abobrinha, chuchu, couve-flor, beterraba, beringela; frutíferas - banana, maçã, pêra, mamão, manga, maracujá, limão, abacaxi.

Uau, só aqui elencamos mais de 30 espécies distintas! Portanto, já destacamos a primeira grande importância das plantas para o homem: as utilizamos em nossa alimentação!

Ainda podemos destacar a importância das plantas no fornecimento de fibras naturais, madeira e fármacos. Sim, a grande maioria dos medicamentos que utilizamos possuem princípios ativos extraídos de plantas ou são sintéticos produzidos a partir de compostos naturais vegetais.

Para além destes, nos beneficiamos com inúmeros serviços prestados pela vegetação, a saber: embelezamento das paisagens; contato com a natureza/ biodiversidade; manutenção das populações de polinizadores; biodiversidade de espécies e diversidade genética; ciclagem de nutrientes e manutenção do solo; regulação do clima (umidade, temperatura e precipitação), e participação no ciclo do carbono.

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A oração é o desejo sincero da alma. Seu desejo é sua oração. Ele surge de suas necessidades mais profundas e revela as coisas que você quer na vida.




A seguir vamos detalhar alguns pontos:



1) As plantas mantém as populações de polinizadores. Insetos (abelhas-grandes e pequenas, com e sem ferrão; mariposas; borboletas; moscas, etc.), aves e mamíferos utilizam as plantas para se alimentarem, como abrigo, local para nidificação e acasalamento. Em contra partida os animais fazem a polinização das espécies nativas e também das espécies cultivadas próximas às áreas nativas, favorecendo a reprodução sexuada das plantas.


2) As plantas colaboram com a biodiversidade de espécies e diversidade genética.

​Só para o Cerrado estão catalogadas na literatura científica mais de 11 mil espécies vegetais. São árvores, arbustos, subarbustos, herbáceas e trepadeiras que compõem a paisagem nativa. O estrato subarbustivo-herbáceo abriga a maior biodiversidade de espécies. Para cada espécie de árvore há cerca de 5 espécies de plantas herbáceas. Sem falar na diversidade de bactérias e fungos associados às plantas.

3) As plantas contribuem para a regulação do clima.

Percebemos a diferença que as plantas arbóreas proporcionam ao clima quando saímos de uma área descampada e entramos em uma área de mata. De imediato sentimos diferença na luminosidade, a floresta fechada limita a entrada de luz, o que ameniza a temperatura e aumenta a umidade.

Além disso, as plantas estão constantemente liberando água do solo para a atmosfera. Como assim? As plantas são seres vivos, portanto precisam muito de água. As plantas terrestres retiram a água das camadas subterrâneas do solo através das raízes. A água circula pelo corpo da planta até as folhas. E a folha é o principal órgão responsável pela fotossíntese. Para as plantas conseguirem realizar a fotossíntese elas precisam do gás carbônico obtido da atmosfera circundante pelas trocas gasosas, que ocorrem pelos estômatos, orifícios microscópios com abertura controlada. Ufa, tudo isso para falar que quando as plantas abrem os estômatos para fazer as trocas gasosas, inevitavelmente, elas também perdem água na forma vapor. Para a planta é um problema, mas para o homem é ótimo, pois em uma escala regional, a evapotranspiração das plantas regula o clima favorecendo a formação de nuvens, participando do ciclo da água.

4) As plantas participam do ciclo do carbono.

O carbono é o elemento químico estrutural da composição das biomoléculas (proteínas, lipídios, carboidratos e ácidos nucleicos), ou seja, moléculas que compõem os seres vivos. As plantas, juntamente com os demais seres autotróficos que conseguem sintetizar moléculas orgânicas, normalmente retiram o carbono do gás carbônico presente na atmosfera.

As plantas fazem a incorporação do carbono às biomoléculas através da fotossíntese - síntese de compostos orgânicos por meio da energia luminosa.

É importante mencionar que nas últimas décadas o gás carbônico tem se destacado nos noticiários! Isso devido ao aquecimento global, ou seja, aumento significativo da temperatura do planeta devido, principalmente, às atividades antrópicas (causadas pelo homem). O gás carbônico é um dos principais gases causadores do efeito estufa (GEE - gases de efeito estufa). Cabe mencionar que o efeito estufa é um fenômeno natural que estabiliza a temperatura do planeta Terra possibilitando a existência de alta diversidade de seres vivos. Contudo, o aumento na concentração atmosférica dos GEE (dentre eles, gás carbônico, metano e óxido nitroso) é ruim, pois intensifica o efeito estufa e, consequentemente, causa o aumento no aquecimento global que tem sido prejudicial ao homem e causado impactos negativos a biodiversidade terrestre.

Assim, as plantas "sequestram" o carbono da atmosfera e o incorporam na biomassa, participando do ciclo do carbono. O tempo desse sequestro depende do tempo de vida da planta, ou do órgão vegetal, por exemplo, quando uma folha entra em senescência (envelhecimento), se desprende da planta e cai no solo os microrganismos decompositores entram em ação, reciclando vários dos elementos que estavam "sequestrados" nos compostos orgânicos e liberando GEE.

Do ponto de vista do tempo de vida, as árvores se destacam, pois podem viver várias décadas realizando a fotossíntese, ou seja, continuamente retirando o gás carbônico da atmosfera, bem como, mantendo o carbono sequestrado na biomassa vegetal viva. Vale ressaltar que as plantas respiram o oxigênio, e neste processo o gás carbônico é um dos produtos, portanto há um balanço entre emissão/liberação e dreno/retirada de gás carbônico da atmosfera. O papel das árvores no sequestro de carbono hoje é essencial para mitigar os impactos negativos do aquecimento global e manter inúmeros benefícios oferecidos por estes seres vivos na forma de "serviços ambientais".

ÁRVORES DO CERRADO - USOS



De acordo com a literatura especializada, no Cerrado temos 1.534 espécies de árvores. Se somarmos a este quantitativo as arvoretas (299) e os arbustos (2.513), no componente lenhoso do bioma Cerrado podemos encontrar mais de 4 mil espécies! 


Com relação aos usos iremos focar nas espécies arbóreas, buscando discutir aquelas consideradas de usos múltiplos de acordo com José Felipe Ribeiro e colaboradores. Usos múltiplos diz respeito aos usos sustentáveis associados às espécies, para além do madeireiro no qual há necessidade de se matar a planta para usar a madeira.

Assim, abordaremos usos como alimentícia, alimento para a fauna, apícola (abelhas fazem colméia), artesanal, aromatizante, melífera (abelhas usam as flores para produzir mel), tanífera, corticeira, oleaginosa e ornamental. O primeiro conjunto de espécies são denominadas "espécies com potencial para a exploração sustentada em curto prazo", isso porque conseguimos encontrar na literatura informações sobre a biologia dessas espécies, podemos dizer que são mais conhecidas pela ciência.

1) ARATICUM - Daremos destaque para a espécie  Annona crassiflora Mart., mas no Cerrado também encontramos com frequência a espécie A. coriacea Mart. 

FAMÍLIA: ANNONACEAE

Usos associados: alimentícia, alimento para a fauna, corticeira e melífera.

É uma árvore, com altura entre 4 e 8m, casca áspera e cortiçosa, folhas simples alternas, flores axilares com pétalas carnosas, fruto ~15cm de diâmetro, 2kg de peso, sementes numerosas, elípticas, marrons. Planta decídua e heliófita. Floração: setembro a novembro; Frutificação: maturação de fevereiro a abril.

Ampla distribuição no Cerrado, sendo encontrada nos estados de MG, MS, DF, GO, MT, PA, BA, PI, TO, MA, PR e SP.  Fitofisionomias: Cerradão e Cerrado sentido restrito. Sementes são dormentes devido à imaturidade do embrião, falta de giberelinas. Frutos apreciados pela polpa; consumo in natura, ou na forma de doces, geleias, sucos, licores, tortas, iogurtes e sorvetes.

Valor nutricional: Mg, P, Ca, Fe, Vitaminas A, C, B1, B2,

ÁRVORES DO CERRADO - USOS MÚLTIPLOS

ESPÉCIES COM POTENCIAL PARA A EXPLORAÇÃO SUSTENTADA EM CURTO PRAZO

2) BARU - Dipteryx alata Vogel. FAMÍLIA: FABACEAE

Usos associados: alimentícia, alimento para a fauna, medicinal.

É uma árvore com 15m de altura, casca lisa cinza-claro, folhas compostas alternas, inflorescência com flores hermafroditas, fruto drupa), única semente marrom avermelhada, com poliembrionia (uma semente com vários embriões).

Floração: novembro a fevereiro; Frutificação: na estação seca. Flores polinizadas por abelhas.

Ampla distribuição no Cerrado, sendo encontrada nos estados de GO, MA, MT, MS, MG, PA, RO e TO. Fitofisionomias: Cerradão e Mata. Pode-se encontrar até 5.000 frutos por árvore. A produção anual de frutos é irregular. A biologia reprodutiva é pouco conhecida.

Polpa do fruto (mesocarpo) pode ser consumida in natura. A amêndoa torrada possui usos variados. Valor nutricional – rica em ácido graxo essencial (ácido linoleico).

Produção de mudas via sementes, possui alta taxa de germinação. Sementes ortodoxas.

ÁRVORES DO CERRADO - USOS MÚLTIPLOS

ESPÉCIES COM POTENCIAL PARA A EXPLORAÇÃO SUSTENTADA EM CURTO PRAZO

3) CAGAITA - Eugenia dysenterica DC.  FAMÍLIA: MYRTACEAE

Usos associados: alimentícia, alimento para a fauna, apícola, medicinal, melífera e ornamental.

É uma árvore com altura entre 4 e 10m - Manoel Cláudio), casca suberosa e fendada, folhas simples glabras opostas cruzadas, flores hermafroditas brancas, fruto baga globosa, sementes 1 a 4.

Floração: em agosto (planta decídua); Frutificação: no início da estação chuvosa (RÁPIDA).

Ampla distribuição no Cerrado, sendo encontrada nos estados de SP, MG, BA, TO, MT, MS, PA, MA, PI, GO e DF. Fitofisionomias: Cerradão e Cerrado sentido restrito.

Polpa do fruto rica em vitaminas C e B2, e em minerais Ca, Mg e Fe. Frutos maduros são perecíveis.

Alta produtividade com até 2.000 frutos/árvore;

Produção de mudas via sementes, possui alta taxa de germinação. Sementes recalcitrantes, não permite armazenamento prolongado. Desenvolvimento inicial das plântulas que são criptocotiledonares (cotilédones ficam abaixo do solo e envolvidos pelo tegumento.

ÁRVORES DO CERRADO - USOS MÚLTIPLOS

ESPÉCIES COM POTENCIAL PARA A EXPLORAÇÃO SUSTENTADA EM CURTO PRAZO

4) CAJU - Anacardium occidentale L. FAMÍLIA: ANACARDIACEAE

Usos associados: alimentícia, alimento para a fauna, apícola, melífera, tanífera.

É uma árvore com altura entre 3 e 6m, folhas simples glabras alternas, flores hermafroditas e unissexuais, róseo-avermelhadas, fruto aquênio com pseudofruto (pedúnculo).

Floração: junho a outubro; Frutificação: nos meses de setembro e outubro.

Ampla distribuição no Cerrado. Fitofisionomias: Mata, Cerrado sentido restrito, Cerradão e Campo sujo.

Usos variados da polpa do pseudofruto e também da castanha. Polpa rica em vitamina C, B1, B2, niacina;

Alta produtividade e alta taxa de germinação.

Produção de mudas via sementes, possui alta taxa de germinação e crescimento relativamente rápido.

ÁRVORES DO CERRADO - USOS MÚLTIPLOS

ESPÉCIES COM POTENCIAL PARA A EXPLORAÇÃO SUSTENTADA EM CURTO PRAZO

5) MANGABA - Hancornia speciosa Gomes  FAMÍLIA: APOCYNACEAE

Usos associados: alimentícia, alimento para a fauna, apícola, melífera.

É uma árvore, 2-10m de altura, copa espalhada, folhas simples, glabras ou pilosas, opostas com exsudação leitosa (látex), flores hermafroditas brancas, fruto do tipo baga. Planta decídua, perde suas folhas no período da seca.

Floração: agosto a novembro; Frutificação: de agosto a abril.

Encontrada em várias regiões no Brasil. Fitofisionomias: Campos, Cerrado sentido restrito, Cerradão.

Uso in natura, sucos, picolés, sorvetes, doces, geleias, etc. Polpa rica em ferro, manganês, zinco e vitamina C.

Fruto altamente perecível. Safra rápida por ano e com alternância de produção. Sementes recalcitrantes, para produzir mudas devem ser plantadas até 2 dias após despolpa.

É uma espécie auto incompatível, precisa de polinização cruzada.

ESPÉCIES COM POTENCIAL PARA A EXPLORAÇÃO SUSTENTADA EM CURTO PRAZO

6) PEQUI - Caryocar brasiliense Cambess.  FAMÍLIA: CARYOCARACEAE

Usos associados: alimentícia, alimento para a fauna, apícola, medicinal, ornamental.

É uma árvore, mais de 10m de altura, folhas compostas opostas, trifolioladas, pilosas, flores hermafroditas, com 5 pétalas, frutos drupa, 1-4 caroços polpa envolve caroço.

Floração: no final da estação seca; Frutificação:  maturação em meados de novembro.

Encontrada nos estados da BA, CE, GO, MA, MG, MT, MS, PA, PI, PR, SP e TO. Fitofisionomias: Cerradão Distrófico e Mesotrófico e Cerrado sentido restrito.

Usos: folhas ricas em taninos e corantes, casca do fruto usada para produção de sabão, castanha é comestível e utilizada na fabricação de óleo e paçoca. Principal produto – polpa, rica em vitamina C e complexo B.

Sementes dormentes, baixa e lenta taxa de germinação(20-30%).

Planta autocompatível polinizada por morcegos (mas abelhas também visitam as flores!).

ÁRVORES DO CERRADO - USOS MÚLTIPLOS

ESPÉCIES COM POTENCIAL PARA A EXPLORAÇÃO SUSTENTADA EM MÉDIO PRAZO

1) JATOBÁ - Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne. FAMÍLIA: FABACEAE 

Usos associados: alimentícia, alimento para a fauna, medicinal e melífera.

É uma árvore com até 10m de altura, folhas compostas alternas, bifolioladas, pilosas, flores hermafroditas, com 5 pétalas, frutos do tipo legume indeiscente (cerca de 5 sementes/fruto).

Floração: outubro a abril; Frutificação: abril a julho.

Encontrada nos estados da BA, DF, GO, MG, MT, MS, PA, PE, PI, SP, TO e PA.

Fitofisionomias: Cerradão, Cerrado sentido restrito, Matas;

Usos: polpa farinácea rica em fibras e com alto teor energético pode ser utilizada na fabricação de bolos, pães, sorvetes e vitaminas.

Sementes com dormência física.

Planta polinizada por morcegos e vários animais realizam a dispersão dos diásporos (primatas, roedores e aves).

ÁRVORES DO CERRADO - USOS MÚLTIPLOS

ESPÉCIES COM POTENCIAL PARA A EXPLORAÇÃO SUSTENTADA EM MÉDIO PRAZO

2) MAMA-CADELA - Brosimum gaudichaudii Trécul. FAMÍLIA: MORACEAE 

Usos associados: alimentícia, alimento para a fauna, aromatizante e medicinal.

É uma árvore com até 4m de altura, copa com ramos esparsos, folhas simples alternas dísticas, com exsudação branca (látex), flores pequenas sem pétalas agrupadas em inflorescências globosas, frutos agregados, globosos e verrucosos, 1-2 sementes/fruto.

Floração: junho a novembro; Frutificação: julho a dezembro.

Encontrada nos estados da AM, BA, DF, CE, GO, MA, MG, MT, MS, PA, PI, SP e TO.

Fitofisionomias: Cerradão, Cerrado sentido restrito;

Usos: polpa consumida in natura, pode ser utilizada na fabricação de sorvetes, a seiva fermentada é consumida como vinho. Na medicina popular a casca e raízes produzem substância usada contra o vitiligo, também é expectorante, depurativa, diurética e desintoxicante.

Sementes recalcitrantes não toleram o frio e a dessecação.

Não se conhece as formas de polinização e a dispersão é realizada por aves e mamíferos.

ÁRVORES DO CERRADO - USOS MÚLTIPLOS

ESPÉCIES COM POTENCIAL PARA A EXPLORAÇÃO SUSTENTADA EM MÉDIO PRAZO

3) MURICI - Byrsonima verbascifolia (L.) DC.

FAMÍLIA: MALPIGHIACEAE 

Usos associados: alimentícia, alimento para a fauna, melífera, medicinal, tanífera e tintorial.

Arbusto ou árvore, 3-6m de altura, sem exsudação, folhas simples opostas, pilosas e coriáceas, estípulas axilares, flores amarelas com glândulas no cálice, frutos carnosos globosos, esverdeados/amarelos quando maduros, até 3 sementes/fruto.

Floração: agosto a dezembro; Frutificação: outubro a fevereiro.

Encontrada nos estados da AL, AM, BA, DF, GO, MA, MG, MT, MS, PA, PR, SP e TO.

Fitofisionomias: Cerrado sentido restrito, Cerradão, Campo Sujo, Parque de Cerrado.

Usos: polpa consumida in natura, pode ser utilizada na fabricação de sorvetes e licores. A casca é febrífuga, frutos são laxantes, ramos com folhas são anti-sifilíticos e diuréticos.

Sementes dormentes com baixa taxa de germinação.

Planta polinizada por abelhas grandes e dispersão por aves e mamíferos.

Flores nascem em área destruída por incêndio na Chapada Diamantina



Espécie foi vista após 17 anos sobre tocos em área devastada pelo fogo.
Fotógrafo fazia trilha pelo Vale do Capão e se deparou com a cena rara.

Uma flor típica da região do Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, que não desabrochava há 17 anos voltou a florescer sobre tocos de árvores queimadas numa área devastada por um incêndio na Serra da Larguinha, entre os municípios de Palmeiras e Lençóis.

As imagens do vale de flores da espécie Candombá que se formou no local foram feitas pelo fotógrafo baiano Rui Rezende. Ele fazia uma trilha com um dos filhos através do Vale do Capão para chegar até a Cachoeira da Fumaça, a segunda cachoeira mais alta do Brasil, quando se deparou com a cena rara.
 
"Foi uma grata surpresa. A gente estava indo em direção à Cachoeira da Fumaça por baixo. Eu tava levando o meu filho mais uma vez por essa trilha junto com os amigos pois estou precisando queimar gordura, quando me deparei com aquela cena na subida da trilha. Numa fotografia de natureza, a gente se depara com cenas sempre impressionantes. E dessa vez não foi diferente", destacou.

De acordo com o botânico Abel Augusto Conceição, da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), as flores da espécie Candombá dependem do fogo para florir. Somente nos três últimos meses do ano passado, incêndios devastaram 51 mil hectares na Chapada Diamantina, segundo a Secretaria de Meio Ambiente da Bahia. Do total, 15 mil hectares atingidos pelas chamas ficam dentro do Parque Nacional, que é uma área de preservação ambiental que abrange seis municípios. Os focos só se extinguiram por completo após chuvas, em janeiro.

"Essa florada exuberante e maravilhosa é uma cena extremamente rara. Essa população de candombá floresceu há 17 anos e somente agora deu flor novamente. Ela depende do fogo, e só floresce com o fogo. Então, se não pegar fogo não tem flor. Ela só existe dentro do parque nacional da Chapada. No caso do Candombá, ela floresce depois de 30 dias do fogo. Além disso, a quantidade de néctar é fabulosa", destaca o especialista.
 
Ao logo da carreira, Rui Rezende conta que já fotografou várias vezes a Chapada Diamantina, inclusive durante as queimadas provocadas pela ação humana no ano passado. "Elas [as árvores] queimam completamente. Fica o toco preto, e qualquer pessoa que olhe vai ter certeza absoluta que aquela planta está morta. É uma cena fantástica. É coisa da natureza. O homem vem com o fogo, e a natureza vem com flores", comenta.

Fonte: http://g1.globo.com/bahia/noticia/2016/03/flores-nascem-em-area-destruida-por-incendio-na-chapada-diamantina-ba.html

FLOR

FLOR


Flor é a estrutura reprodutora característica das plantas Angiospérmicas (espermatófitas). A função de uma flor é produzir sementes através da reprodução sexuada. Para as plantas, as sementes representam o embrião, que irá germinar quando entrar em contato com um substrato propício; as sementes são o principal meio através do qual as espécies de espermatófitas (angiospermas e gimnospermas) se perpetuam e se propagam.

Apesar de estruturas homólogas, apenas as Angiospermas possuem flores, enquanto que as gimnospermas posseum estróbilos. Alguns grupos de Gimnospermas, como o Gnetum produzem estruturas que lembram flores ou inflorescências, mas não apresentam a estrutura de uma flor, na qual verticilos férteis (androceu e gineceu) são envoltos por um perianto.

A flor típica de angiospérmica é composta por quatro tipos de folhas modificadas, tanto estrutural como fisiologicamente, para produzir e proteger os gametas: sépalas, pétalas, estames e carpelos.

Nas angiospérmicas, a flor dá origem, após a fertilização e por transformação de algumas das suas partes, a um fruto que contém as sementes.

Os grupo das angiospérmicas, com mais de 250 mil espécies, é uma linhagem com sucesso evolutivo, comportando a maior parte da flora terrestre existente, sendo dominante desta deste do final do Cretáceo. A flor de angiospérmica é a característica que define o grupo e é, provavelmente, um fator chave para o seu êxito evolutivo. A flor é uma estrutura complexa, cujo plano organizacional encontra-se conservado em quase todos os membros do grupo, embora apresente uma grande diversidade na morfologia e fisiologia de todas e cada uma das peças que a compõem. A base genética e adaptativa de tal diversidade está a começar a ser compreendida em profundidade, assim como a sua origem, que data do Cretácico inferior, e sua posterior evolução em estreita interação com os animais que se encarregam de transportar e disseminar os gametas.

Independentemente dos aspectos já assinalados, a flor é um objeto importante para os seres humanos. Através da história e das diferentes culturas, a flor sempre teve um lugar nas sociedades humanas, quer pela sua beleza intrínseca quer pelo seu simbolismo. De facto, cultivamos espécies para que nos providenciem flores, desde há mais de 5 mil e, actualmente, essa arte transformou-se numa indústria em contínua expansão: a floricultura.

Definição

A flor é uma estrutura de crescimento determinado que é composta por folhas modificadas, quer estrutural quer funcionalmente, com vista à realização das funções de produção dos gametas e de protecção dos mesmos, através dos antófilos.

O caule caracteriza-se por um crescimento indeterminado. Em contraste, a flor apresenta um crescimento determinado, já que o seu meristema apical pára de se dividir mitoticamente depois da produção de todos os antófilos ou peças florais. As flores mais especializadas têm um período de crescimento mais curto e produzem um eixo mais curto e um número mais definido de peças florais em relação às flores mais primitivas.

A disposição dos antófilos sobre o eixo, a presença ou ausência de uma ou mais peças florais, o tamanho, a pigmentação e a disposição relativa das mesmas, são responsáveis pela existência de uma grande variedade de tipos de flores. Tal diversidade é particularmente importante nos estudos filogenéticos e taxonómicos das angiospérmicas. A interpretação evolutiva dos diferentes tipos de flores têm em conta os aspectos da adaptação da estrutura floral, particularmente aqueles que estão relacionados com a polinização, a dispersão dos frutos e das sementes e a protecção das estruturas reprodutoras contra os predadores.


Diversidade e tendências evolutivas




Com mais de 250 mil espécies, as angiospérmicas formam um grupo taxonómico com sucesso evolutivo, que comporta a maior parte da flora terrestre existente. A flor é a característica que define o grupo e é, provavelmente, um factor-chave no seu êxito evolutivo.

A flor está unida ao caule por uma estrutura denominada pedicelo, que se dilata na sua parte superior para formar o receptáculo floral, no qual se inserem as diversas peças florais. Essas peças florais são folhas modificadas que estão especializadas nas funções de reprodução e de protecção. De fora para dentro de uma flor típica de angiospérmica podem ser encontradas peças estéreis, com função de protecção, e que são compostas por sépalas e pétalas. Por dentro das pétalas dispõem-se as denominadas peças férteis, com função reprodutiva, e que são compostas por estames e carpelos. A proteção dos óvulos em carpelos é uma novidade evolutiva das Angiospermas. Esta estrutura protege os óvulos e torna o processo de fecundá-los indireto. O pólen nas Angiospermas germina na região estigmática originando um tubo polínico que se alonga até dar acesso aos gametas para fecundar o óvulo.

A flor das angiospérmicas é uma estrutura complexa, cujo plano organizacional se encontra conservado em quase todas as angiospérmicas, com a notável excepção de Lacandonia schismatica (Triuridaceae) que apresenta os estames em posição central rodeados dos carpelos. Esta organização tão pouco variável não indica de modo algum que a estrutura floral se encontra conservada através das diferentes linhagens de angiospérmicas. Pelo contrário, existe uma tremenda diversidade na morfologia e fisiologia de todas e cada uma das peças que compõem a flor, cuja base genética e adaptativa está a começar a ser compreendida em profundidade.

Foi sugerido que existe uma tendência na evolução da arquitectura floral, desde un plano "aberto", no qual as variações são determinadas pelo número e disposição das peças florais, até um plano "fechado", no qual o número e disposição das peças são fixados. Em tais estruturas fixas, as elaborações evolutivas ulteriores podem ter lugar através da concrescência, ou seja, por meio da fusão ou estreita conexão das diferentes partes. O plano de organização "aberto" é comum nas angiospérmicas basais e nas primeiras eudicotiledóneas, enquanto que o plano de organização "fechado" é a regra no clado Gunneridae (ou eudicotiledóneas nucleares) e nas monocotiledóneas.

A função da flor é mediar a união dos esporos masculino (micrósporo) e feminino (megásporo) num processo denominado polinização. Muitas flores dependem do vento para transportar o pólen entre flores da mesma espécie. Outras dependem de animais (especialmente insetos) para realizar este feito. O período de tempo deste processo (até que a flor esteja totalmente expandida e funcional) é chamado anthesis. A maior flor encontrada é a Rafflesia arnoldii, espécie na qual alguns dos exemplares encontrados já chegaram a 1 metro de diâmetro e 11 kg.

Muitas das coisas na natureza desenvolveram-se para atrair animais polinizadores. Os movimentos do agente polinizador contribuem para a oportunidade de recombinação genética com uma população dispersa de plantas. Flores como essas são chamadas de entomófilas (literalmente: amantes de insetos). Flores normalmente têm nectários em várias partes para atrair esses animais. Abelhas e pássaros são polinizadores comuns: ambos têm visão colorida, assim escolhendo flores de coloração atrativa. Algumas flores têm padrões, chamados guias de néctar, que são evidentes no espectro ultravioleta, visível para abelhas, mas não para os humanos. Flores também atraem os polinizadores pelo aroma. A posição dos estames assegura que os grãos de pólen sejam transferidos para o corpo do polinizador. Ao coletar néctar de várias flores da mesma espécie, o polinizador transfere o pólen entre as mesmas.




O aroma das flores nem sempre é agradável ao nosso olfato, com suas brejeirices (malícias graciosas e divertidas - https://brejeirices.wordpress.com/ ) . Algumas plantas como a Rafflesia, e a PawPaw Norte-Americana (Asimina triloba) são polinizadas por moscas, e produzem um cheiro de carne apodrecida para atrair estes tipos de insetos.


Outras flores são polinizadas pelo vento (as gramíneas por exemplo) e não precisam atrair agentes polinizadores, tendendo assim a possuir aromas discretos. Flores polinizadas pelo vento são chamadas de anemófilas. Sendo assim o pólen de flores entomófilas costuma ser grudento e de uma granulatura maior, contendo ainda uma porção significante de proteína (outra recompensa para os polinizadores). Flores anemófilas são normalmente de granulatura menor, muito leves e de pequeno valor nutricional para os insetos.

Existe muita contradição sobre a responsabilidade das flores nas alergias. Por exemplo, o entomófilo Goldenrod(Solidago) é frequentemente culpado por alergias respiratórias, o que não é verdade, pois seu pólen não é carregado pelo ar. Por outro lado, a alergia é normalmente causada pelo pólen da anemófila Ragweed(Ambrosia), que pode vagar com o vento por vários quilômetros.